O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), foi reeleito neste domingo (6) e confirmou as pesquisas de intenção de voto que mostravam seu favoritismo antes mesmo do período de campanha eleitoral.
O que aconteceu
Com 76,64% das urnas apuradas, Reis já estava matematicamente eleito, com 78,09% dos votos. Em segundo, vinha Kleber Rosa (PSOL)…
Reeleição mostra força do "carlismo" na capital baiana. Bruno Reis, 47, era vice de ACM Neto em 2020, quando se candidatou à Prefeitura de Salvador pela primeira vez e contou com o intenso apoio do seu padrinho político.
Votos para Kleber Rosa surpreenderam. O psolista levou a bandeira de votos para a esquerda, já que Geraldo Júnior (MDB) era, antes, integrante do governo de Bruno Reis e, em 2018, apoiou Jair Bolsonaro (PL) para a Presidência.
Geraldo Júnior era apoiado pelo PT. Em terceiro lugar, o vice-governador da Bahia tinha o apoio do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do próprio governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Bruno descartou influência nacional. Durante a Sabatina do UOL/Folha, Bruno Reis minimizou a influência de lideranças políticas nacionais na eleição municipal da cidade. Ele preferiu não ter apoio de caciques nacionais e afirmou que "Brasília está preocupada com outros temas".
Sem críticas ao presidente. Apesar de ter o PL de Bolsonaro na coligação, Bruno Reis afirmou que sua oposição é apenas ao PT local, que governa o estado há quase 18 anos. Ele disse não ver problemas na adesão de seu partido, o União Brasil, à base do governo Lula.
Problemas soteropolitanos. Durante a campanha, Reis foi cobrado pelos principais problemas de Salvador, como mobilidade urbana e desemprego.
Estudo indica índices ruins. Em março, o UOL mostrou que a cidade foi a última colocada do país em sete dos 40 indicadores sociais analisados pelo Mapa das Desigualdades entre as Capitais, do ICS (Instituto Cidades Sustentáveis). Salvador teve os piores índices de renda, emprego e segurança.
O mais querido em 2020. Na eleição passada, Reis foi o prefeito de capital com a maior votação na eleição, em termos percentuais do país: 64,2% dos votos válidos (ou 779 mil votos).
Antigo aliado. Reis trabalhou com ACM Neto em 2002, quando o herdeiro do carlismo era deputado federal. Em 2010 e 2014, foi deputado estadual eleito com o apoio de ACM. Dois anos depois, foi convidado a integrar a chapa de ACM como vice.
Uol