Bahia tem barragens com risco segundo agência; as barragens de Rio de Contas e Paramirim são duas delas
Publicada em 27/01/19 às 08:40h
JORGEQUIXABEIRA
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Um relatório divulgado pela Agência Nacional de Águas (ANA) no final do
ano passado apontou 45 barragens em todo Brasil com algum nível de
preocupação. Destas, cinco estão em Minas Gerais e dez na Bahia - maior
número em todo o país. Na lista, no entanto, não consta a barragem Mina
do Feijão, em Brumadinho (Minas), que se rompeu na sexta-feira (25). O
número de barragens vulneráveis no país subiu, em um ano, de 25 para 45.
A Bahia (8) é seguida por Alagoas (6) e Minas Gerais (5).O balanço da ANA
foi o segundo produzido após o desastre ambiental de Mariana, com o
rompimento da barragem de Fundão, sob responsabilidade da mineradora
Samarco, em novembro de 2015. “A maioria (das 45 barragens) se deve a
problemas de baixo nível de conservação da barragem, mas existem outros
motivos como insuficiência do vertedor e falta de comprovação documental
da estabilidade da barragem”, diz um trecho do relatório. Na Bahia, as
estruturas com risco são: Afligidos (em São Gonçalo dos Campos),
Apertado (Mucugê), Araci (na cidade de mesmo nome), Cipó (Mirante), Luiz
Vieira (Rio de Contas), RS1 e RS2, em Camaçari, Tabua II (Ibiassucê),
Zabumbão (Paramirim) e Pinhões (Juazeiro/Curaçá). No estado, há 426
barragens registradas junto à ANA e, destas, 335 são fiscalizadas pelo
Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), ligado ao
governo do estado. Mas, para fazer esse trabalho, o órgão conta com uma
equipe de apenas seis fiscalizadores. Dados do Relatório de Segurança de
Barragens de 2017, publicado no ano passado, apontam que a Agência
Nacional de Mineração (ANM) é responsável pela fiscalização de 790
barragens de rejeito espalhadas pelo país. O trabalho de fiscalização,
porém, limitou-se a apenas 211 vistorias ocorridas em 2017, o que
equivale a 27% dessas instalações. O Brasil possuía, até dezembro de
2017, 24.092 barragens cadastradas pelos órgãos fiscalizadores,
englobando todo tipo de barragem. Desse total, apenas 13.997 (ou 58%)
estão regularizadas. As informações são do Correio da Bahia.
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