Um casarão desabou na madrugada desta quarta-feira (19) na Ladeira da Soledade em Salvador. O imóvel estava abandonado e tinha uma placa de venda. Apesar de estar localizado na Ladeira da Soledade, não houve feridos. Com incidente, os escombros atingiram um casarão vizinho.
O desabamento aconteceu por volta das 5h30, no imóvel de número 158. "Estava com a mulher preparando o mingau para verder quando ouvimos o estrondo e a fumaça de areia subir. Ficamos estáticos por segundos e só depois, quando a ficha caiu, que a gente correu", contou Ítalo Correia, morador do casarão 160, vizinho do imóvel que desabou.
Segundo ele, o imóvel está abandonado há quatro anos. "A dona alugava os quatros, mas ela morreu e os filhos puseram à venda. No entanto, deixaram o local sem manutenção", completou Ítalo.
A Codesal esteve no local. "Estamos avaliando as condições do imóvel para passar para Ipac e Iphan. A princípio, a recomendação imediata é a retirada do entulho e bloquear as vias de acesso, tapando com blocos portas e janelas", declarou o engenheiro da Codesal Antônio Figueiredo.
Roubo
Numa avaliação preliminar, a fachada do casarão não ameaçar desabar. "A estrutura está colada com a de outro casarão que também houve um desabemento da parte interna. A recomendação será a sustentação com vigas de aço", diz Antônio Figueiredo.
Enquanto a Codesal fazia o trabalho de vistoria nos imóveis, afim de avaliar os possíveis estragos com o incidente, um homem levou alguns minutos para arrancar as grandes do portão e de umas das janelas do imóvel que desabou. A grade ele arracou na mão. Mas para retirar a janela, ele fez uso de uma marreta. Em momento, Ítalo, proprietário do imóvel vizinho, sinalizou para o homem que as marretadas faziam tremer a casa dele. "Não está tremendo nada", retrucou o homem dando continuidade às pancadas na fachada do imóvel. Algus minutos depois, ele saiu arrastando a janela.
Questionado quanto ao ato do rapaz, o engenheio Antônio Figueiredo pontuou: "É por isso que iremos fechar as vias de acesso ao imóvel. Sabemos que aqui é uma região onde esse comportamento é comum e isso oferece risco de numa atividade dessa resultar numa consequência inesperada, devido o abalo da estrutura".