Dourenilson Firme Pereira da Silva, 48 anos, casado, pai de dois filhos, profissional autônomo, filiado ao PT desde 1989. Exerceu dois mandatos de Vereador, entre os anos de 2009 a 2016.
BR324 -Qual análise o senhor faz sobre o Governo do Presidente Bolsonaro?
Dourenilson Firme - Apesar de oito meses de gestão o Presidente Bolsonaro tem mostrado que não havia um projeto político e também não foi debatido com a sociedade, se mostrando desequilibrado com seu jeito de falar, se comportar e se relacionar com outros governos,isso mostra muita preocupação, precisa de equilíbrio pra usar a diplomacia, para a isso tem gerado muita preocupação, os indicies de desemprego subindo, a pobreza também subiu os índices elevam que são mais de 12,3 milhões de pessoas que sobrevivem abaixo de 89 reais por mês, isso é preocupante, estávamos bem perto de erradicar essa pobreza. Isso é falta de um Governo coeso, um Governo que trabalhou os recursos da Amazonas e os consórcios de governadores estão sem saber o que fazer. A Noruega e Alemanha suspenderam repasses. Um governo que não quer parceria. Muita preocupação por se tratar de uma pessoa preconceituosa, já demonstrou isso, porque ele ainda não desceu do palanque se comporta como um pré-candidato a Presidente da República. Assim que se ganha a eleição tem que sentar com as correntes para traçar uma linha de trabalho, onde se possa atingir a todos com esse projeto. A educação é o único meio para libertar o povo e o tempo que passa vem reduzindo e retirando os investimentos, como melhorar o país sem ampliar a pesquisa e sem da capacidade técnica, não vi nenhum país no mundo melhorar sem investimento na educação. A política que se fazia há 30 anos atrás o público não é mais o mesmo, na gestão tem que fazer o equilíbrio das contas públicas, controlar a inflação, não pode atender o mercado e deixar as pessoas morrerem de necessidade, é preciso mexer com o social, a primeira coisa que eu faço é matar sua fome. Se ele falasse menos seria melhor para o país.
BR324 - Qual análise o senhor faz sobre a gestão do Governador Rui Costa?
DF - Falar de Rui Costa os próprios institutos de pesquisa vem avaliando entre os três melhores governadores do Brasil, tem feito aquilo que é gestão e quem se lembra quando pegou ele pegou o bastão da mão de Wagner, investiu 93 milhões na SEFAZ (Secretariada Fazenda), enxugou a máquina identificando quem tava recebendo mas não estava mais trabalhando, uma economia em torno de 23 milhões de reais por mês e a secretaria começou a arrecadar , uma arrecadação eletrônica e o Governo já tem mais ou menos o que é possível gastar. Rui partiu para os grandes investimentos, as cooperativas e associações, se tornando a gestão muito mais democrática e participativa dentro da construção do PPP (Plano Pluri Anual), dividindo os municípios em territórios e se discutiu as prioridades, com cada território mostrando as duas prioridades, foi inteligente buscando os bancos de financiamentos. A mobilidade urbana de Salvador e do Estado como um todo melhorou. Despontam como uma liderança regional do Nordeste e um nome possível como Pré-Candidato a Presidente para 2022.
BR324 - Qual a atual situação da administração pública do seu município?
DF- Ela é muito fechada em si, acredito muito no processo democrático onde estou ouvindo os conselhos e organização, você não administra sozinho e sim com equipe de confiança e parceiros, acredito em uma gestão que no município carente como Quixabeira, precisa estar na mesa de conversa com os parceiros, não administro só. Quixabeira parece para nós a pequena republica onde tem o Senhor que não tem conversa com ninguém. Todos os conselhos foram mudados os membros, quando vamos olhar eles não são à paritários como quem determina a Lei, 50% da gestão e 50% da sociedade civil organizada. Não houve melhora, e sim uma piora extraordinária.
Br324 - Quais pontos estão mais críticos?
DF - Na Saúde perdemos o Mais Médicos, tínhamos três cubanos em Quixabeira, ao eliminar não se colocou uma alternativa, então temos um médico que muitas vezes passa por dificuldade de pagamento. A Secretaria de Saúde entrou com uma ação em Capim Grosso referente à UPA, com um meio próximo, é o atendimento possível e não quer da a contrapartida. Estão sendo construídos os PSFs, mas cadê a equipe para trabalhar, não só o espaço físico da Unidade Básico da Saúde. Houve melhoria grande de recurso na educação, de quase 100% do recurso do FUNDEB, saímos de 2017 com mais de Cinco Milhões de Reais e em 2019 fechamos com aproximadamente 10 Milhões de Reais e não se viu melhoria na educação, existindo uma má gestão. Não se ver melhoria no transporte escolar, alimentação e material didático pedagógico, não houve melhora na qualidade educacional, no IDEB houve queda de 2016 para 2017.
BR324 - Onde a gestão está acertando?
DF - A gestão acertou em conseguir a Certidão de Regularidade Previdenciária (CRP), através de liminar, abriu a possibilidade de firmar convênios com o Governo Federal e não está conseguindo com o Governo Federal porque está inadimplente com o estado.
BR324 - Como você avalia as políticas públicas voltadas para os Trabalhadores Rurais?
DF- Não existe políticas públicas voltadas para os Trabalhadores Rurais. A Secretaria de Agricultura vem dando continuidade com a política de capacitação de água, cisternas de placas, barreiros e calçadão. A nível de Governo do Estado sim, o pró semiárido, com duas Associações do Ramal e de Baixa Grande foram investidos quase Um Milhão de Reais, as comunidades quilombolas com quase Meio milhão de Reais, graças ao Governo do Estado. As estradas vicinais deveriam estar bem melhores, tem duas patróis deixadas pela gestão anterior e que deixa muito a desejar, você tem a patrol então não paga por km patrolado, então tem que passar pelo menos a cada 15 dais.
BR324 - Existem investimentos para Cultura, Meio Ambiente e Turismo?
DF - Nós tínhamos uma referência no município, os pés de eucaliptos ele autorizou e outros derrubou, com a promessa que seriam colocadas palmeiras imperiais, então não existe política pública para isso, existe iniciativa das organizações não governamentais com a Escola Família Agrícola, Projeto de Convivência com a Seca.
BR324 - Como é sua relação com os Comerciantes?
DF - Minha relação é de muita confiabilidade, confiam muito em minha pessoa, o comércio de Quixabeira é dinâmico e precisam de se unirem através de entidades,Associação Comercial e logística e com a CDL para comprarem juntos e conseguir preços melhores e lucros maiores, e acaba cada um de maneira individual seguindo sozinho no seu mundo, é preciso incentivar isso para padronizar e modernizar, sobreviver com o comércio em município pequeno como Quixabeira é algo de heróis mesmo, o gestor municipal precisa ter um olhar.
O que o senhor acha dos Serviços Públicos e como é sua relação com eles?
DF – Quixabeira está com 450 servidores do quadro efetivo, mais ou menos isso, uma grande maioria está na educação, muito deles com níveis superiores e muitos conseguindo agora, é claro que mesmo diante de toda capacidade pra prestar bom serviço precisa de boa estrutura, o atendimento público frisa que o chefe maior é o povo, presto serviço à população, dando a ela o atendimento de qualidade. Minha relação com os funcionários é muito boa, participei de uma assembleia com os servidores públicos, boa relação com sindicatos e diretorias, a grande queixa é justamente com o atendimento da Secretária de Educação da forma truculenta que ela atende os funcionários, esquece que é funcionária pública de Várzea da Roça e pode um dia voltar pra lá.
BR324 - O senhor é candidato a algum cargo público em 2020?
DF – Nós participamos do pleito eleitoral da eleição passada e obtivemos 3270 votos perdendo por 144 votos, temos um grupo com Cinco Vereadores e na eleição estadual em 2018 conseguimos um feito inédito na história da política de Quixabeira e pela primeira vez a oposição consegue ganhar do poder local com os candidatos a Deputados Estadual e Federal, com Neusa Cadore e Zé Neto,isso empolgou o grupo como um todo e nos deu credenciais a participar do pleito de 2020. Estou à disposição do grupo que é forte e organizado, meu nome está à disposição do grupo, como também o de outros, Ril de Beto e Gessé Rodrigues.
Fonte: BR324/Agnaldo Santos e Herick Rios