O Barcelona pagou pela postura demonstrada em campo, crente de que tinha a classificação em mãos, e pela péssima atuação de sua defesa, facilmente batida pelos atacantes rivais, principalmente pelo alto. Dzeko, De Rossi e Manolas se transformaram nos heróis de uma cidade que dificilmente esquecerá o duelo desta terça.
Afinal, se a Roma se notabilizou por derrotas decepcionantes nos últimos anos, desta vez buscou a mais improvável reviravolta para chegar à semifinal e manter-se na briga por um título que seria inédito. Ao Barça, fica a provável conquista do Campeonato Espanhol, no qual é o líder disparado.
Quando o Barcelona ainda tentava impor seu estilo nesta terça, e ganhava o campo de ataque, o time italiano surpreendeu e abriu o placar logo aos cinco minutos. De Rossi deu lançamento perfeito para Dzeko, que aproveitou cochilo da defesa e tocou na saída de Ter Stegen para abrir o placar.
O gol mudou a postura da Roma e da torcida, que se inflamaram. O time da casa foi para cima e aproveitou o péssimo dia da defesa adversária pelo alto para criar oportunidades. Schick, aos 13, aproveitou escanteio da direita para cabecear por cima, com perigo. Aos 28, o mesmo atacante subiu sozinho após novo cruzamento e finalizou rente à trave.
Quando não era Schick, Dzeko assustava pelo alto, levando ampla vantagem sobre Umtiti e Piqué. Aos 36, recebeu de Florenzi e exigiu grande defesa de Ter Stegen. O primeiro tempo chegou ao fim com a sensação de que a Roma poderia ter levado um melhor resultado para o vestiário.
Só que como na etapa inicial, os donos da casa voltaram para o segundo tempo em cima e novamente levaram pouco tempo para marcar. Aos 12, outro lançamento para Dzeko, que ganhou facilmente de Piqué no corpo, invadiu a área e, ao tentar o drible, foi calçado pelo espanhol. O árbitro, auxiliado pelo auxiliar da linha de fundo, marcou pênalti. De Rossi cobrou no canto esquerdo e marcou.
Era necessário apenas mais um gol, mas a esta altura, a Roma via o cansaço já jogar contra. As entradas de El Shaarawy e Ünder deram mais força ao ataque romano, e o próprio El Shaarawy exigiu grande defesa de Ter Stegen aos 34. Mas seria mesmo pelo alto que sairia o gol histórico. Aos 37, Ünder cobrou escanteio da direita, Manolas se antecipou a Semedo e cabeceou cruzado, sem chances para o goleiro alemão.
Nos minutos finais, o Barcelona se tornou todo ataque e tentou na base da insistência. Na melhor das oportunidades, Alisson cortou um lançamento nos pés de Piqué e Dembélé emendou de primeira, de longe, jogando a centímetros do travessão romano.