O resultado em Curitiba empurrou o Tricolor para a vice-lanterna da competição. E, enquanto segue em busca do novo treinador, o time já precisa se preparar para domingo, quando volta a campo para pegar o Botafogo na Fonte Nova, também pela Série A.
Quinta ou Segundona?
Lembram daquelas longas noites de terça, sexta ou sábado com jogos do Bahia pela Série B? Ontem era uma quinta-feira, e o jogo valia pela elite do Brasileiro. Fora esses detalhes, deu na mesma acompanhar o primeiro tempo em Curitiba.
Duas equipes de baixo nível técnico buscaram, à sua maneira, fazer o melhor que podiam. Foi pouco. O Bahia, numa inovação de Claudinho Prates, foi a campo com três volantes de origem (Flávio ganhou chance como titular) e sem atacante central. Levando ao pé da letra a forma de interpretar esquemas táticos, dá para dizer que o Tricolor jogou num 4-3-3-0.
No começo, por conta de uma postura excessivamente recuada, o time pouco pegou na bola e parecia sem poder de iniciativa. Em compensação, o Paraná não tinha objetividade dentro do seu domínio territorial. A história começou a mudar quando os jogadores do Esquadrão passaram a ganhar bolas no meio-campo. Assim, conseguiram criar as jogadas de maior perigo da partida.
Aos 17 minutos, Nino arriscou cruzamento e o meio Vinicius deu uma de centroavante ao testar no primeiro pau. O goleiro Thiago Rodrigues desviou e a bola ainda tocou na trave antes de sair. Aos 25, Elber recebeu na direita, avançou e chutou para boa defesa de Thiago. Dois minutos depois, Zé Rafael roubou bola na intermediária ofensiva e passou para Vinicius, que, da entrada da área, mandou por cima.
O Tricolor paranaense só conseguiu assustar aos 34 minutos, quando o goleiro Douglas, em ação atrapalhada, saiu da área com bola e tudo. Thiago Santos cobrou a falta com força e acertou o pé da trave. Três minutos depois, Jhonny Lucas arriscou finalização com efeito e errou o alvo por pouco.
No final da primeira etapa, o Bahia ainda teve duas oportunidades. Aos 44, Flávio exigiu boa defesa de Thiago em chute colocado. Logo na sequência, Vinicius cobrou escanteio, a bola atravessou a pequena área e sobrou para Zé Rafael bater para fora.
Vaiado na ida para o vestiário, o Paraná voltou para o segundo tempo com o atacante Carlos no lugar do meio-campista Jhonny Lucas. Mais satisfeito com sua atuação, o Esquadrão se manteve igual. Aos 13 minutos, deixou o campo o meia Carlos Eduardo e entrou Silvinho. Uma curiosidade: assim, o time da casa passou a ter em campo quatro atacantes de origem, contra só um do Bahia (Elber).
Dos quatro jogadores de frente, três tabelaram bonito para abrir o placar para os anfitriões. Silvinho, Léo Itaperuna e Thiago Santos trocaram passes e Silvinho tocou para o gol vazio. O tento ocorreu aos 20 minutos, logo depois de Zé Rafael protagonizar belo lance de raça pela direita e cruzar para Elton perder boa chance.
Aos 24, Elton saiu para dar lugar ao segundo atacante do Bahia a entrar em campo: o velocista Fernandinho. Depois, Prates lançou também os ofensivos Ítalo e Allione. Mas só criou algo realmente relevante, no último minuto de acréscimo, em cabeçada do zagueiro Lucas Fonseca. Thiago Rodrigues salvou. No fim, exibiu a impotência tricolor diante da situação: "Temos que pedir desculpa para a torcida".