Entram em vigor esse mês oito mudanças nas regras do futebol, decididas pela IFAB (International Football Association Board) para esclarecer situações de jogo e tentar evitar a reedição de lances que geraram polêmica no passado. Veja abaixo as novidades estabelecidas pelo órgão.
COMPORTAMENTO DOS GOLEIROS EM PÊNALTIS
Entre as novidades, a de maior destaque é a chamada regra “anti-Dibu Martínez”, que proíbe os goleiros de atrasarem as cobranças de pênaltis. Assim, provocações como as do argentino na final da Copa do Catar no ano passado, não serão mais permitidas. Pela nova regra, o goleiro não poderá distrair o batedor do pênalti nem poderá tocar em traves, travessão ou na rede do gol.
Até a a final da Copa do Mundo do Catar, as regras declaravam ser ilegal a entrada de qualquer jogador reserva ou membro de comissão técnica no campo, durante a partida. No entanto, argentinos que estavam no banco quebraram a norma ao comemorarem um dos gols contra a França no gramado. Na ocasião, o árbitro decidiu não anular o gol, considerando a importância do tento e os impactos diretos no resultado.
O caso gerou tanta polêmica que a IFAB decidiu mudar a regra. Agora, está claro que o gol só será anulado se o jogador ou membro da comissão que entrar no gramado interfira de alguma forma no gol. Caso não haja consequências na partida, a entrada não precisará ser marcada como infração.
A partir deste mês, o árbitro deve considerar o tempo perdido durante as celebrações de gols e adicioná-lo aos acréscimos no fim de cada tempo de jogo. As comemorações passaram a ser um item isolado na lista de motivos pelos quais o juiz pode estender o período da partida.
Já era certo que um jogador, mesmo em posição de impedimento, poderia pegar a bola e participar do jogo se a recebesse de um adversário. Depois de uma polêmica envolvendo o atacante da França Kylian Mbappé, durante a final da Liga das Nações contra a Espanha, a IFAB decidiu prever expressamente que o auxiliar não deverá levantar a bandeira quando o atleta impedido receber a bola de um adversário com “total controle” da bola e de seu corpo naquele momento.
A nova regra basicamente só esclarece o conceito de “disputar a bola” em lances nos quais o árbitro avaliar ter havido falta dentro da área e ser necessário advertir o jogador. Se o árbitro marcar um pênalti em consequência de uma infração com a qual o jogador evitou uma clara chance de gol, o jogador só será expulso se a infração tiver sido cometida sem qualquer possibilidade de disputar a bola.
Quando alguém que está na área técnica — jogador reserva, jogador substituído ou membro de comissão técnica — cometer uma infração, mas o árbitro não conseguir identificar quem foi o infrator, o treinador da equipe levará a punição.
Até aqui, apenas o árbitro principal, os árbitros assistentes, o quarto árbitro e os árbitros assistentes adicionais poderiam dar a sua opinião durante a partida. Já os árbitros assistentes reservas eram proibidos de auxiliar os colegas. A partir deste mês, a IFAB passou a permitir que essas figuras troquem informações com os demais.
Fonte: O Globo