Após ameaçar a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, e a outros ministros do tribunal, o coronel da reserva Carlos Alves passará a usar tornozeleiras eletrônicas depois de decisão judicial. Segundo a Polícia Federal (PF), além do monitoramento eletrônico, o coronel está proibido de andar armado e possuir arma em casa, impedido de ir a Brasília e se manter a pelo menos de 5 km de distância de todos os Ministros do STF, do TSE e do Ministro de Estado da Segurança Pública.
A PF cumpriu mandado de prisão na casa de Alves, no Rio de Janeiro, e apreendeu computadores e aparelhos celulares. Ainda de acordo com a PF, ele "poderá responder pelos crimes de difamação, injúria, constrangimento ilegal, ameaça, além de crimes previstos na Lei de Segurança Nacional".
A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu para a PF abrir um inquérito para investigar o coronel e o ouviu nesta sexta-feira. O engenheiro militar da reserva divulgou um vídeo nas redes sociais afirmando que, se TSE aceitar o pedido do PT e declarar Jair Bolsonaro (PSL) inelegível, irá sofrer as consequências.
Após a divulgação do vídeo, o Exército divulgou uma nota e afirmou que o militar deve assumir as responsabilidades pelas declarações, que "não representam o pensamento do Exército Brasileiro".