Homem leva seis tiros no rosto em uma briga de trânsito por causa de um retrovisor
Publicada em 23/12/18 às 10:00h
JORGEQUIXABEIRA
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A morte do farmacêutico José Eduardo
Elian, de 46 anos, durante uma briga de trânsito na Avenida Brasil, na
cidade do Rio de Janeiro, está causando comoção em redes sociais. A
vítima levou pelo menos seis tiros no rosto ao pedir ao motorista de um
Astra R$ 50 para cobrir seu prejuízo com o retrovisor quebrado. A
quantia foi entregue, mas logo em seguida o motorista, o soldado da
Polícia Militar Cleiton de Oliveira Guimarães, fez os disparos. José
Eduardo morreu no local. Guimarães foi preso e responde por homicídio
qualificado.
Amigos do farmacêutico compartilham a
hashtag #SomosTodosEduardo. Num texto emocionado, um deles comentou
sobre o empenho da vítima para concluir a faculdade e o amor que tinha à
profissão:
“Nossa homenagem vai para esse grande
cara. José Eduardo Elian, que teve sua vida brutalmente interrompida por
um monstro escondido em uma farda de Policial Militar, que efetuou 6
disparos contra a sua cabeça em uma briga de trânsito na Avenida Brasil.
Executou, porque ele pediu R$ 50.00 para consertar o retrovisor de sua
moto. Uma violência gratuita. Hoje mais uma família chora. Hoje mais um
filho enterra o seu pai. Que Deus conforte o coração de todos os amigos e
familiares do Eduardo. Uma pessoa boa demais, de um coração enorme… Que
ralou muito para concluir sua faculdade de farmácia, amava o que fazia.
Que Deus o receba em seus braços. #maisamorporfavor”.
Nos comentários, muitos lamentaram mais um episódio de violência: “Esse é o país que eu não queria, mas
infelizmente o povo está com uma desumanidade e uma brutalidade que nos
assusta e nos afeta diariamente. Que Deus realmente conforte o coração
da família, que são os que realmente perdem, né?”.
“Que triste. Onde vamos parar? Sentimentos à família”.
Recado para o filho da vítima
No perfil do filho do farmacêutico,
Eduardo Elian, uma pessoa que não conhece o jovem deixou uma mensagem de
apoio na última postagem pública dele.
“Desculpe-me por vir aqui sem lhe
conhecer pessoalmente. Trabalho na mesma área que seu pai trabalhou de
forma tão Honrosa. Ótimo colega, profissional, acrescentou muito na
comunidade da Pedreira! Deixo meus sentimentos sinceros. Todos os
colegas estão muito tristes. Um abraço para vc e toda a família. Que
Deus faça justiça!”, escreveu uma colega de trabalho de José Eduardo.
Agência O Globo
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