Irmão do ex-jogador de futebol e atual técnico Baiano, o camelô Cosme Almeida Lima, o Dão, de 43 anos, morreu após ser roubado e agredido por dois ladrões, no Centro de Santos. Não há maiores informações sobre o latrocínio, que foi cometido por dois homens na madrugada de terça-feira (25), Dia de Natal, na Rua João Pessoa, próximo à Praça dos Andradas.
Dão reagiu ao assalto e foi agredido pela dupla, que fugiu levando uma carteira de couro marrom contendo documentos, cartões bancários e cerca de R$ 50,00. O camelô prestou essas informações ao filho Michael Menezes de Almeida, de 23 anos, ao chegar pela manhã em casa, no Monte Serrat.
Cosme deixa mais dois filhos: um jovem de 20 anos e uma menina de 7.
Alta e retorno
Dão também disse que já havia passado pela Unidade de Pronto Atendimento Central (UPA) Central, sendo medicado e liberado. À tarde, ele passou mal e retornou à repartição pública de saúde, sendo constatada a necessidade de repouso.
O camelô morreu às 20h10, sendo o caso comunicado na Central de Polícia Judiciária (CPJ). O delegado Edmilson Sanches registrou o crime como roubo seguido de morte (latrocínio) e requereu a realização de exame necroscópico.
De acordo com Michael, o Instituto Médico-Legal (IML) de Santos atestou como causas da morte do pai insuficiência respiratória, além de hemorragia e trauma pulmonar.
A UPA Central é gerenciada pela Fundação do ABC – pessoa jurídica de direito privado qualificada como organização social de saúde (OSS). A Tribuna entrou em contato por e-mail com a entidade, mas não obteve retorno até a conclusão desta matéria.
O telefone principal da Fundação do
ABC e o da assessoria de imprensa chamavam na tarde desta quarta-feira
(26), mas não eram atendidos. A Tribuna questionou a OSS se a UPA não
constatou a gravidade do estado clínico do ambulante por ocasião da sua
primeira ida à unidade e se eventual falha no atendimento é ou será
objeto de sindicância.
Baiano
Dermirval de Almeida Lima, o Baiano, de 40 anos, compareceu ao sepultamento do irmão, às 15 horas desta quarta-feira, no Cemitério da Areia Branca. “Pude ver o quanto o Dão era querido. Muitos camelôs e amigos estiveram no enterro”, disse o atleta.
Ele espera que a divulgação do latrocínio contribua para a Polícia Civil esclarecer o crime e prender os assaltantes. “Acredito na justiça divina, mas é necessário que também se faça a justiça dos homens. O crime não pode ficar impune”.
Com duas passagens pelo Santos, o lateral-direito Baiano também jogou no Palmeiras, Vasco da Gama, Atlético Mineiro, Boca Juniors e Seleção Brasileira olímpica, entre outros times do País e do Exterior.
Com a carreira encerrada como jogador, Baiano começa 2019 com um novo desafio no futebol profissional. Ele comandará como técnico o Clube Atlético Taboão da Serra, que disputará a Série A3 do Campeonato Paulista.
Matéria: Eduardo Velozo Fuccia do A Tribuna/Fotos: Reprodução/Facebook.