Para devastar o planeta seria necessário um asteroide de com mais de 12
quilômetros de diâmetro. Segundo a Nasa, a agência espacial americana,
pelo menos 95% dos corpos celestes com mais de 1 quilômetro de diâmetro
já foram catalogados.
O que chegou mais perto de repetir o que aconteceu há 65 milhões de
anos, quando os dinossauros foram extintos, foi o 2006 QQ23. Na semana
passada, a rocha esteve há pelo menos 4 milhões de quilômetros de
distância da Terra.
Mas, de acordo com a cientista, não será um corpo rochoso como os que
estrelaram filmes como Armageddon ou Impacto Profundo. O problema, na
verdade, são os “mini-asteroides”.
No caso do impacto de um corpo menor, como um medindo aproximadamente 60
metros, uma cidade como Nova York poderia ter a região da ilha de
Manhattan completamente destruída. O impacto mataria pelo menos 1,3
milhão de pessoas, de acordo com simulações da Nasa.
“Esse tipo de devastação seria em nível regional, mas traria
consequências globais em relação aos sistemas de transporte e rede e
também no clima”, afirma Remy. Segundo ela, é preciso estudar a
trajetória desses asteroides.
O problema é que isso não é exatamente simples de ser feito. No fim de
julho, por exemplo, uma rocha de pouco mais de 135 metros passou há uma
distância de 64 mil quilômetros da Terra. Foi o mais próximo que um
deles esteve perto do nosso planeta em mais de um século. A descoberta
foi feita por astrônomos brasileiros.
Outro caso, esse ainda pior, ocorreu em 2013. Na ocasião, um asteroide
de 16 metros entro na atmosfera na cidade de Chelyabinsk, na Rússia. O
impacto da rocha com o solo causou danos em pequenas estruturas e deixou
mais de mil pessoas feridas.