De acordo com um registro policial, as vítimas foram pisoteadas depois de uma "ação de controle de distúrbios civis" -ou seja, para dispersão do baile- feita pela Polícia Militar usando "munições químicas".
Segundo a PM, policiais do 16º Batalhão realizavam operação contra pancadões na região, quando dois homens em uma motocicleta teriam atirado contra agentes da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) . O veículo fugiu em direção ao baile funk, supostamente efetuando disparos.
Equipes da Força Tática foram chamadas para dar apoio e teriam sido recebidas com garrafadas e pedradas. Mais cedo, a Secretaria Municipal de Saúde informou que, das dez pessoas envolvidas na situação e atendidas no Pronto-Socorro do Hospital do Campo Limpo, oito morreram.
Outras sete pessoas ficaram feridas e foram socorridas com lesões no AMA Paraisópolis. Dois carros da PM foram depredados.
O caso será registrado no 89º DP (Jardim Taboão). A PM abriu inquérito para apurar circunstâncias do faro.
O tenente-coronel Emerson Massera, da PM, dará entrevista coletiva sobre o caso no início da tarde deste domingo.
Nas redes sociais, o governador João Doria (PSDB) afirmou lamentar profundamente as mortes e que determinou ao secretário da Segurança Pública, general Campos, apuração "para esclarecer quais foram as circunstâncias e responsabilidades deste triste episódio".
Recentemente, uma adolescente de 16 anos ficou cega do olho esquerdo após ser atingida por uma bala de borracha durante a dispersão de um baile funk, em Guaianases (zona leste da capital paulista).
Segundo a família da jovem, uma viatura da PM passou ao lado da adolescente e atirou contra a jovem com uma arma de bala de borracha, atingindo-a na região do olho esquerdo. Socorrida, ela foi submetida a uma cirurgia de reconstrução do globo ocular.