A empresa de ônibus Star Viagem e Turismo, envolvida no acidente que deixou mais de 40 mortos na manhã desta quarta-feira (25), no estado de São Paulo, era classificada como "clandestina pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
Multada diversas vezes ao longo dos últimos anos, a Star Viagem e Turismo não possuía autorização para operar. Além disso, o ônibus da empresa estava com IPVA, licenciamento e DPVAT atrasados, ou seja, não poderia estar em circulação. Ela também não possuí registro na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Em nota à imprensa, a empresa negou irregularidades, e também afirmou que está prestando auxílio às vítimas e que se solidariza com os familiares. "Toda a documentação relativa ao veículo envolvido no trágico acidente está em conformidade com os órgãos governamentais e em perfeita validade", diz um trecho.
A colisão entre o ônibus e um caminhão terminou com 41 mortes, e aconteceu na Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, entre Taguaí e Taquarituba, no interior de São Paulo. O ônibus estava transportando funcionários de uma empresa de têxtil. Uma lista recebida pelas equipes de resgate aponta que 52 trabalhadores estariam no ônibus, além do motorista. A polícia trabalha na identificação das vítimas.
Além disso, a Polícia Rodoviária informou que algumas pessoas ficaram presas às ferragens do ônibus. Após o acidente, a rodovia precisou ser interditada por volta das 7h. Contudo, até as 10h, o trecho ainda estava fechado para o tráfego de veículos.