O enterro do porteiro Claudemir Nova aconteceu na tarde desta quarta-feira (30/1), no Cemitério de Pirajá, em Salvador. Marcado por muita emoção e revolta dos amigos, todos no velório ainda buscam entender o motivo do assassinato dele, que foi encontrado a 100 metros da casa da ex-mulher, que não apareceu no cemitério.
O corpo de Claudemir, apelidado carinhosamente de “Sapo”, foi localizado na segunda-feira (21/1), mas só foi identificado por colegas uma semana depois no Instituto Médico Legal (IML). Ele foi visto pela última vez no domingo (20/1) no bairro de Itapuã, onde vivia com a ex-mulher, de quem estava separado há pouco tempo.
O sítio onde o porteiro morava, no município de Mata de São João, foi revirado. Oficialmente, a Polícia Civil diz que está investigando o caso por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas agentes que preferem não se identificar informam que o caso pode ser elucidado a qualquer momento.
Sem filhos, Claudemir era natural do município de Jequié, no sudoeste da Bahia. O seu único parente de primeiro grau era seu pai, que o porteiro não via há dez anos. O idoso, inclusive, foi o único familiar presente no cemitério. “Sou amigo dele há 10 anos, ele era muito tranquilo, trabalhador, nunca se envolveu com nada ilícito, nunca se envolveu em nenhuma confusão, nunca faltou ao trabalho!”, disse um dos amigos do porteiro, sem se identificar.
Os laudos realizados pelo IML apontam que a vítima foi morta a facadas antes de ter seu corpo abandonado. Há, ainda, a suspeita de que o rapaz tenha sido sedado antes de ser assassinado.
CASO
Segundo testemunhas, o homem teria passado na antiga casa para “buscar umas coisas” antes de ir trabalhar, mas não chegou ao local, um condomínio localizado na orla de Salvador.
Colegas estranharam o “sumiço” do porteiro por alguns dias seguidos e iniciaram as buscas em hospitais e delegacias, já que Claudemir não atendia ao telefone. Após oito dias sem dar notícias no local onde trabalhava, todos resolveram ir atrás de notícias e identificaram o corpo no IML.
Simões Filho Online