Clebys Martins da SIilva, conhecido como “Negueba”, tinha três passagens pela polícia por tráfico de drogas e uma por latrocínio (roubo seguido de morte) contra um mototaxista, quando ainda era adolescente, em junho de 2015 – este crime gerou revolta na população, que incendiou ônibus e apedrejou a delegacia.
Segundo a Polícia Civil, Negueba foi morto por quatro homens encapuzados que estavam em um veículo branco, estacionado a cerca de 18 km da cidade, onde há lombadas que obrigam o condutor a reduzir a velocidade.
Na ambulância, além de Negueba, estavam o motorista, uma enfermeira e a mãe do suspeito, Selma Martins, 62, que ainda tentou evitar que o filho fosse morto, mas acabou levando um tiro na mão direita para que saísse da frente.
Horas antes de ser morto, ele também foi vítima de tentativa de homicídio. Ele levou um tiro na mão esquerda nas proximidades da casa onde morava, no bairro Sócrates N, zona periférica da cidade de 31 mil habitantes.
No Hospital Municipal Régis Pacheco, em Canavieiras, o médico de plantão avaliou que Negueba precisava passar por uma cirurgia ortopédica e o encaminhou para o Hospital Regional da Costa do Cacau, em Ilhéus.
Segundo a polícia, antes de ser baleado na mão o homem foi visto vendendo drogas na entrada da cidade e foi em casa buscar mais entorpecentes para comercializá-los, quando foi atingido por um pedestre não identificado.
A provável motivação do homicídio é que Negueba tinha dívidas com traficantes. “Ficamos sabendo que ele vendia a droga e não repassava o dinheiro aos fornecedores”, disse o delegado Renato Fernandes Ribeiro, de Canavieiras.
Segundo o delegado, ao menos um participante do crime já identificado. “Obtivemos a informação de que tinha um homem no hospital monitorando a situação, provavelmente ele sabia da transferência e montou a emboscada”, contou.
No carro usado pelos homicidas de Negueba estava ainda um motorista. Ninguém foi identificado até o momento. Por enquanto, a polícia descarta que Negueba tenha sido morto por vingança pelo assassinato do mototaxista em 2015.
Na época, Negueba e outro adolescente levaram a vítima para um uma área de mangue, o amarraram numa árvore e deram um tiro na cabeça, por trás. Depois, usaram a moto para cometer um assalto em um mercado.
Apreendidos, eles confessaram o crime e Negueba foi transferido para a Casa de Acolhimento Socioeducativo (Case), em Salvador, onde ficou até os 21 anos. Na volta para Canavieiras, passou a traficar drogas, segundo a polícia./
*Com informaçõe do Jornal Correio